Sucesso & Fracasso Se não pensares nos cenários podes acabar com um prego no pé (como eu…)

Setembro 15, 2021Por Pedro Colaço

No outro dia espetei um prego no pé ☹ Dito assim parece que foi algo voluntário, que me sentei, peguei num belo prego que tinha ali na caixa de ferramentas, escolhi um dos pés (hmm faz mais sentido ser o da perna dominante ou ser o outro visto que passará a servir de apoio?), escolhi o sítio (ou será melhor ao calhas?) e… arghhh… espetei-o.

Mas não. Para ser mais correto deveria ter dito “espetei o pé num prego”. Sim estava distraído, sim não me preveni. O meu calçado não era “à prova de fracasso”: estava de chinelos… não foi um fracasso absoluto, mas foi desnecessário e atrasou-me (e doeu-me!)

Quantas vezes não nos preparamos em condições, confiamos que vai correr tudo bem, achamos que só acontece aos outros. E quando estamos a falar de negócios, o risco é maior.

Eu não sou dos que acha que nos temos de preparar para o pior cenário; isso implica um esforço desnecessário. Mas podemos preparar-nos para os cenários mais prováveis; isso ajuda a contornar o fracasso. Voltando ao prego, não precisava de ter ido equipado para a guerra, bastava ter um calçado mais adequado para prevenir, ou pelo menos minimizar, o acidente.

Por isso é importante sabermos para onde vamos ou queremos ir e pensar um pouco. É um mercado em que quero entrar, é uma empresa que me propôs uma função, é um projeto pessoal que quero realizar? O que posso fazer para ter uma maior probabilidade de sucesso ou um menor risco de fracasso? Quanto mais opções identificarmos melhor, mais eficazes seremos e mais flexibilidade teremos. Agora, o número de opções a escolher vai depender da importância que atribuímos à questão. Isto é, da motivação que temos para ser bem sucedidos ou do medo que temos de fracassar.

No meu caso, eu até sabia para onde ia, sabia que havia risco mas não lhe atribui muita importância, e simplesmente não achei que fosse acontecer. Basicamente confiei na sorte. Mas a nossa sorte depende mais do nós do que aquilo que pensamos.

Pedro Colaço